Vazio Existencial
“Quem tem um por que viver, suporta quase sempre o como viver”.
(Nietzsche)
Na vida do ser humano o vazio existencial se apresenta em diferentes níveis de intensidade diante de diversas circunstâncias, como na iminência da própria morte, lutos e perdas vividas ao longo da vida e até em momentos extremamente estressantes.
O vazio existencial normalmente é experimentado por uma sensação de desconforto, um vazio interno sem se ter consciência exatamente o que é, muitas vezes sem saber o porquê e como resolver. Neste momento o sentimento de angústia e todo o mal-estar levam algumas pessoas a tentar preencher com algo externo, o que é falho, pois não irá resolver.
Vários problemas que aparecem num processo terapêutico estão relacionados a uma sensação de vazio existencial, e para aliviar o sofrimento, muitos buscam coisas materiais, se apegam a relações amorosas, trabalho, drogas, comida, aventuras, etc. Estas alternativas satisfazem momentaneamente, mas depois a sensação volta, causando sentimento de angústia, tristeza, ansiedade, raiva, medo, gerando pensamentos e emoções negativas e uma forte sensação de inquietude.
As feridas acumuladas ao longo da história de cada um geram os tais espaços “vazios” em nosso interior e à medida que já adultos realizamos um trabalho de questionamento de tudo o que incutimos, as crenças desenvolvidas, o que realmente somos, é que temos a possibilidade de nos (re)encontrarmos. Ficar fixado no passado, nos traumas vividos ou preocupação excessiva com os próprios problemas, buscando culpados e justificativas, conduz ao desenvolvimento de transtornos mentais. Quando se é movido por uma finalidade, um futuro com objetivos e metas claras a serem concretizadas, o indivíduo pode experimentar a felicidade.
Neste processo o entendimento do verdadeiro sentido de vida para cada um, seus objetivos, a definição de qual o melhor caminho seguir e o que realmente é importante para seu bem-estar, irá gerar forças para a superação das dificuldades e descompassos internos. É importante que o indivíduo busque uma direção peculiar, singular para sua existência, pois sem um verdadeiro sentido de vida, se cai no vazio existencial.